24 fevereiro, 2005

De boas intenções...

(...) Redução por contraponto a um aumento: da liberdade de iniciativa, da liberdade contratual, de velocidade de ajuste e criação de iniciativas empresarias entre privados.(...)

Quem não conheça a maioria dos nossos empresários até pode concordar. Infelizmente a realidade é outra: a cultura empresarial portuguesa situa-se entre o pimba e o chico-esperto, onde a liberdade de iniciativa se aplica à escolha entre comprar mais um jipe ou construir uma piscina, a liberdade contratual significa poupar uns cobres em mão de obra para passar férias na neve e a criação de iniciativas empresariais se resume à ideia de sacar mais uns subsídios para pagar a vivenda na praia. O mesmo se aplica aos políticos, moços -de- frete do poder económico.
Comparar os nossos empresários de vistas curtas aos destinatários destas teorias económicas equivale a comparar o olho do cú com a Feira de Borba. Enquanto a mentalidade tacanha e corporativa se mantiver não há reformas que valham, seja no estado ou fora dele.