05 março, 2005

Sem palavras.

Gostaria de viver num país. Mas vivo numa cidade: a minha cidade. A cidade do Luisinho (não quero cá mões, eu gosto é de Bocage), do Fernandinho, do Rosinha e, sobretudo, do Alexandre o Grande (se uma gaivota viesse…). Os políticos quando discursam dizem “caros (caríssimos) cidadãos”. Não dizem “caros compatriotas”. É aquilo a que, em Lisboa, se chama o engano. As putas (e os picos) conhecem-nos bem: a reminiscência da origem. Não têm presente as vilas, aldeias, lugares, lugarejos, onde nasceram mas sim a cidade onde viveram. Não são portugueses: são Beirões, Transmontanos, Minhotos… (que é feito dos galegos?) Enfim, bimbo-sanchos. São as sopeiras do tempo que corre. Sendo que nunca as tiveram (mais valia). Mas, leram e decoraram. O que num país de analfabetos, não é difícil. Difícil é cá viver.Como diziam os retornados: o último a sair do aeroporto que apague a luz. Mas, claro, nenhum deles saiu: montaram pecuárias na zona de Leiria. A única zona do País que, não produzindo laranjas, é teimosamente laranja. E nós ficámos com o interruptor pendurado. Permanece. Não há pachorra!

Escherichia coli.

P.S. Bamos a ber o novo goberno.