08 julho, 2005

Uma solução económica.

Para ser franco e pondo a hipocrisia de lado, o futuro deste País só me interessa na medida em que ,vivendo por cá, tenho de aturar muitas merdas e cada vez tenho menos paciência para elas. Não me movem quaisquer sentimentos altruístas nem solidariedades bacocas . Também já não vale a pena opinar sobre o que virá a seguir . Todos sentem no íntimo a perenidade da merda. O que ainda vale a pena debater é: onde vamos nós sacar euros para sobreviver? Portugal não produz. Não temos recursos naturais, as colónias já foram, as formações académica e tecnológica são baixas... O que resta? Nós próprios, com os nossos corpinhos. Um clima ameno com carradas de horas de sol e uma costa de areia e mar convidativos, enfim tudo coisas deixadas ao critério da Natureza e não dependentes da vontade lusa. - Tivessem os governantes poder sobre o clima e movimentos tectónicos , certamente inundações e tsunamis tinham varrido Portugal do mapa mundí. Vamos pois usar o clima e o corpo para amealhar uns cobres, sem constrangimentos morais ou falsos pudores. Sejamos uns Zé-Zés Camarinhas, gigolos de gaita em riste. Cultivemos o pau-feito, a haste inteira, para satisfação de europeias ávidas de piça. Se temos a fama, reinvindiquemos o proveito. Sejamos enfim os marujos lúbricos da Ilha dos Amores, os conquistadores lusitanos de fêmeas com cio. No fundo da nossa identidade, apesar de recalcada, a imagem do machão cobridor é o nosso fantasma de estimação. Quem não gostaria de estar, estirado ao sol numa praia qualquer, dando uso ao nabo em cona estrangeira? E o deleite de receber por isso mesmo euros fresquinhos com os mais variados símbolos nacionais europeus? O investimento é pouco (dou razão ao Sócrates em querer o inglês ensinado no 1º ciclo )e o lucro imenso . A coisa assumida e divulgada faria deste país um destino turístico-fodengo à beira-mar, dentro do espaço europeu. Homens do meu País: pau à obra! Quanto às mulheres, façam o mesmo. Seduzam os abichanados alemães, sirvam de Prozac aos deprimidos suecos, façam com que os ingleses prefiram a pachacha à cerveja e os franceses troquem o minete por uma cavalgada por tráz (assim consigam dissociar o amor da foda, coisa que só acontece normalmente a partir do momento em que , por força da idade ou excesso de peso, já não despertam no macho o instinto cobridor).