02 fevereiro, 2005

Experiências linguísticas.

Farto de comentários políticos, resolvi dar um salto ao tradutor automático online.(Aquela história da tradução merdosa aguçara-me o apetite para novas experiências com o palavreado).Quem sabe até onde o poder da informática pode provocar o caos na escrita... - Depois falarei com o Prado Coelho ou, à falta de melhor, o Carlos Castro.Vai daí resolvi submeter ao tradutor merdoide as duas primeiras estrofes da poesia "Uma casa Portuguesa", imortalizada num faduncho pela nossa Grande Amália. (Aconselho os mais novos a ouvirem o dito). Coisa mais portuguesa não há. Na forma e no conteúdo. Eis o que saíu:

Numa maison portugaise reste bien /Pão e vinho sur la maise/ Et se à la porte humildemente sonne alguien/ Senta-se à mesa com la gent. /Fica bien esta faiblaisse, fica bien /Que o povo non la desment. /La joie dans la pauvresse/ Fica na grande richesse /De dar e rester contant.

Quatro paredes caiadás, /Um smell a alecrin/ um cache d´uves d´ouradas /Duas rosas num jardin,/ Um S.Joseph d´azulejo/ Sur um solleil de printemps /Uma promesse de beijos /Dois bras me attendand... /C´est une maison portugaise con certaise! /É con certaize uma maison portugaise!

Et voilá!

Esta merda é deveras interessante. É uma espécie de Francês misturado com o Português do Brasil e o Crioulo de Cabo Verde ...Falta-lhe um pouco de Bosquímano, uma espécie de 2ª língua da C.P.L.P. Estou já a pensar traduzir desta forma os livros do Saramago. Oh! Lá-lá!